Tuesday, November 11, 2008

Como música


Gente é como música. Umas são samba, outras são rock. Algumas são funk, outras são sertaneja. Há aquelas que são ópera e outras tantas que são um bom e velho tango. Existem as clássicas e as bregas; as depressivas e as felizes. E basta ficar atento para detectar a qual gênero melhor se encaixam. É claro que também existem as variações diárias. É possível acordar funk e terminar tango ou começar um ano clássico e acabar brega.
Mas tem gente que não basta ser música. Tem gente que é banda. Eu conheço pelo menos uma meia dúzia dessas. E uma delas é Los Hermanos do começo ao fim.
Batida simples, letra fácil, sentimentos a flor da pele.
Tem dias que está como “O Vento”, em outros é pura “Condicional”. Tem noites que é “Cara Estranho”, em outras é “O Vencedor”. Tem épocas que é “Eu vou tirar você desse lugar”, têm outras que diz “Vá embora”. Tem períodos de “Morena” e outros de “Todo Carnaval tem seu fim”.
Inconstante, incerto e deliciosamente intenso.
Como um disco de Los Hermanos, que se ouve do começo ao fim, sem parar, e com direito a repeat no final.

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