Tuesday, June 02, 2015

Christina Maria

Então nós, que tanto planejamos e esperamos fomos surpreendidos pela notícia. Assim, sem o menor aviso prévio, nossa vida foi virada de cabeça para baixo pela expectativa da chegada de ninguém menos que Christina Maria. Quem é Christina Maria? Por enquanto simplesmente o serzinho responsável pelos pulinhos na minha barriga. Mas, quem vai ser Christina Maria? Essa é a grande pergunta. É inevitável que os pais façam planos e tenham expectativas e sonhos em relação aos filhos. Há quem queira que o filho seja um grande médico ou advogado e não meça esforços para isso. Há aqueles que esperam que os filhos sigam alguma carreira que seja tradição familiar ou que sejam responsáveis por se tornarem aquilo que os próprios pais não conseguiram. E eu? O que eu espero? Quais são os meus planos para “a garota que vai tocar fogo no mundo”? Eu espero que ela seja feliz. Por mim ela pode ser veterinária, advogada, DJ ou jogadora de futebol. Não faz a menor diferença desde que ela realmente goste do que faz. Christina Maria vai crescer sabendo que o importante é estar feliz. Que a roupa que você usa não diz nada a respeito do que você é e que bonito é ser original. Christina Maria vai saber que as bruxas dos contos de fada são mais legais que as princesas porque vão à luta para conseguir o que querem ao invés de ficarem sentadas no castelo esperando pelo príncipe encantado (que vai chegar num cavalo branco usando uma roupinha horrorosa, com meia calça branca e shortinho bufante). Sem contar que as roupas das bruxas e das madrastas são sempre mais legais. Christina Maria vai saber que tem o nome de sua tataravó (que nem eu conheci mas segundo dizem era um “doce de pessoa”), que um de seus bisavôs foi à Copa do Mundo de Futebol no Chile e que dava nó até em fumaça, e o outro bisavô tocava na noite e precisava sair de casa escondido porque euzinha dava chilique cada vez que ele saía. Ela vai saber que tem uma tia que me ensinou falar palavrões quando eu ainda era muito bebê, que teve um tio que me pegava e sumia comigo pelo mundo. Ela vai saber que teve um tio tão corinthiano que não assistia às finais de campeonato até o final porque se o Corinthians fosse campeão ele ia chorar longe de casa. Christina Maria vai entender de cinema, afinal um de seus avôs é cinéfilo de carteirinha, e vai ser motoqueira se quiser porque o outro avô é motoqueiro. Nossa garota vai saber que gosto não se discute, mas que alguns gostos são absolutamente questionáveis. Ela vai saber que é importante respeitar a opinião alheia ainda que sua vontade seja partir para cima da outra pessoa e meter-lhe um soco na boca para parar de falar besteira. Christina vai saber que respeito é a coisa mais importante do mundo. Christina vai viajar pelo mundo, primeiro em nossa companhia e depois sozinha, quando tiver idade suficiente. Ela vai frequentar todos os shows a partir do momento em que puder nos acompanhar. Christina Maria vai saber que John Hughes fez os melhores filmes de todos os tempos sobre adolescentes e vai ter todos eles a sua disposição para assistir quando quiser. Ela vai saber que Nick Hornby escreve livros muito legais e que Alta Fidelidade é praticamente um manual musical. Ela vai saber que ficar brincar no parque num dia ensolarado é muito bom, mas que ficar em casa num dia chuvoso lendo um bom livro ou assistindo um bom filme é tão legal quanto. Christina Maria vai conhecer Rolling Stones, The Strokes, Beatles, ACDC, Pearl Jam, The Killers, Robert Jonhson, dentre tantos outros. Ela vai saber que funk de verdade, quem fez foi James Brown e que country de verdade fica por conta de Willie Nelson. E, por fim, quando ela tiver idade suficiente ela vai saber que Marvin Gaye fez a música mais sexy de todos os tempos. Enfim, o que eu espero e desejo para Christina Maria é que ela saiba que pode ser o que quiser e que eu e o pai somos parte dela e ela é parte de nós e que ela nunca vai estar sozinha por onde quer que ela ande!

Wednesday, May 12, 2010

As Coisas Mudam


“As coisas mudam.” Essa foi a resposta para um SMS* enviado por mim. E quer saber? Tem razão: as coisas mudam. E como mudam.
Passei 3 anos e meio me sujeitando a qualquer coisa só para estar ao lado de alguém que não me dava a mínima. Eu passei dias surtando e tentando entender o que eu tinha feito de errado.
E foi então, que num momento de clareza eu tomei uma decisão. Aliás, não uma: A decisão. Assim mesmo, com caps lock Uma daquelas decisões que eu custo a tomar mas que recolocam nas minhas mãos, as rédeas da minha vida.
Uma decisão daquelas poucas que eu nunca me arrependo: eu tomei a atitude que colocaria fim naquela situação patética.
De lá para cá, as coisas realmente mudaram. Eu parei de fugir de tudo. E, principalmente, parei de fugir de mim mesma.
Eu resolvi, dessa vez, não dar uma chance para alguém que gostava de mim. Mas me dar a chance de gostar de alguém.
Realmente as coisas mudam. Agora, quem tem alguém sou eu. Mas alguém que vale a pena. Não um alguém daqueles que me quer apenas para satisfazer suas necessidades egoístas. Alguém que gosta das besteiras que eu digo, que atura meus surtos, que atende o telefone a qualquer hora que eu ligue. Alguém que me liga no meio da manhã ou no meio da tarde só para saber como eu estou, ou me dizer que me viu na rua e adorou minha roupa. Não no meio da madrugada querendo sexo ou tão bêbado que no dia seguinte mal se lembra disso.
É, tem razão. As coisas mudam. E, no meu caso, mudaram para muito melhor!

* A mensagem original, que recebeu essa resposta foi: “pensei que você não quisesse me ver nem pintada de ouro.”

Wednesday, March 17, 2010

Perdendo o Controle e Tentando Encontrando Limites


Não me lembro quando passei da pessoa que não estava nem aí com nada para alguém que precisava de segurança. Deve ser coisa da idade. Ou perdi o costume mesmo. Depois de três anos me mantendo sob rédeas curtas para não perder o controle, devo ter acostumado. Isso que dá se meter com um canalha imprestável. Passei anos tentando não me envolver com ele. Consegui até nos últimos meses, quando resolvi dar uma chance. Me ferrei. Mas descobri que foi uma perda de controle falsa. Bastaram alguns dias e um reencontro com um passado distante para as coisas se acertarem novamente.
Mas, quando foi que eu passei a precisar dessa maldita zona de conforto? Eu me lembro de gostar da Montanha Russa (ver texto Tudo Diferente).
Aí, estava eu ali, na minha vidinha pseudo tranqüila, dando minhas aulas e fazendo meus servicinhos como jornalista. Eu ia para as baladas e quando precisava de algo mais, tinha a quem recorrer. Tudo bem, eu confesso! Andava tudo muito chato e ligado no piloto automático. Mas eu estava pseudo feliz (e vivendo uma vidinha monótona pra caramba!!!)
Mas, eis que então, tudo muda! Tudo! Tudo que era certo ficou incerto. E eu que sou canceriana e odeio mudanças entrei em parafuso. Meus empregos já não eram mais garantidos. Eu tinha coisas com data para entregar e não sabia se seria capaz. E ainda por cima, pra completar, me aparece um ser com uma notícia que teve o mesmo efeito de um coice. Simplesmente me mandou longe!!! Tudo bem que ele “pagasse pau” pra mim há bastante tempo. Mas precisava jogar a notícia assim, de supetão, na minha cara de uma vez só? E pior... mais proibido impossível. Se eu fosse seguir a razão, simplesmente não faria nada! Absolutamente nada! Eu seria razoável e diria para esquecer tudo. Mas, não... claro que não? Desde quando eu sou uma pessoa racional? A ‘Eu’ de agora (ou de uns dias atrás? Já nem eu sei mais) era... Estava decidida a levar uma vida regrada. Mas... sabe como é, não? Brasa adormecida. Basta assoprar um pouquinho pra virar fogo de novo. E, de repente, la estava eu com a vida de cabeça pra baixo, em meio a altos e baixos, curvas, loopings pega de surpresa e tentando conciliar as duas coisas (razão e emoção).
Acontece que é simples assim: as duas não combinam. Ou você é racional ou não. E eu não sou. Meu problema é que não ajo bem sob pressão. Eu tendo a fazer tudo o que tenho que fazer, mas sobram coices para todos os lados. E é assim que tem sobrado uns (ou muitos) para quem não merece. E é assim que tem sobrado pra você (O novo você, claro... não o você dos textos antigos. E você sabe bem quem é, né?). Mas, não esquenta não. Parte da pressão já está passando, as coisas estão entrando nos eixos e os surtos tendem a diminuir cada vez mais.
Afinal de contas, eu resolvi bancar. Pagar pra ver. Não sei onde vai dar. Mas fazer o que? Eu tenho que me lembrar porque eu gosto da montanha russa... Eu até acho que no final vou me ferrar. Mas, quero tentar encontrar meus antigos limites. Ou viver sem limites nenhum, quem sabe.
Oh, God! O que eu faço agora? Hehehehehe (pergunta retórica, porque eu bem sei o que fazer agora!!! :] )

Sunday, February 21, 2010

Ilusão


Eu sei que você não presta! Eu sei que você não vale a pena! Mas o que eu posso fazer se em alguns dias eu acordo com saudades de você? Não da pessoa amarga, chata e sem nenhuma consideração que você se tornou e que despertou o pior de mim da pior maneira possível. Mas daquele cara legal com quem eu saía, tomava cerveja e dava muitas risadas.
Aquele cara era tão legal. Eu queria tanto ficar perto dele o tempo todo. Ilusão. Ilusão querer ficar com você. Ilusão que você era um cara legal. Ilusão o meu sentimento.
Você me perguntou o que aconteceu para eu fazer o que fiz. Você deveria se perguntar.
O que aconteceu? Onde erramos? Qual foi a curva errada que pegamos? Eu sei bem. Erramos os dois. Você por não ser sincero e eu por pressionar. Fazer o que? Não era pra ser.
E no final das contas você me moestrou que eu estava certa: você nunca vai ser um cara fiel. Nunca vai ser homem de uma mulher só. Eu sofreria horrores com você.
Mas, foi melhor assim. Percebi que estava enganando a mim mesma. E embora as vezes eu sinta saudades, percebi que "criei" meu amor por você.
Sim, criei. Inventei. Porque do dia que decidi o que faria, eu sabia que tudo estaria acabado entre nós. E desse dia em diante, nunca mais senti que morreria se não estivesse ao seu lado.
E, para falar a verdade. Apesar da falta que sinto de você às vezes, não me arrependo nem por um segundo.

Monday, February 15, 2010

Scarlett Johansson na madrugada


Quando eu acabava de sentar na cama, me preparando para deitar, peguei o celular para ver a hora. Mas, antes mesmo de virá-lo, ele vibrou. Minha reação foi engraçada. Antes de olhar quem era minha reação foi pensar em alguém. Alguém... aquele alguém que me ligava sempre às 2h30 da manhã. Mas quando eu virei e vi o nome não pude conter o riso. Não era ele. Era outro... outro que numa incrível coincidência resolveu pegar o telefone para me ligar na "hora mágica".
E então, do outro lado a voz me diz "E aí, o que vc está fazendo?"
E eu digo "me preparando para deitar".
Ele responde: "Larga mão disso, vamos sair comigo."
E aí a ligação caiu.
Confesso que a vontade de ligar foi imensa. Mas, como eu disse para a minha mãe, se eu aprendi alguma coisa no pseudo relacionamento anterior foi não correr atrás. Se me quer, que me procure. Até porque eu já tinha tentado falar com esse fulano por esses dias, mas como dizem por aí ele andava "mais liso que bagre ensaboado"... e eu simplesmente tinha decido deixá-lo de lado. Até porque ele não é novidade. É caso de 10 anos atrás e já naquele tempo eu descobri do que ele era capaz. Não deve ter mudado tanto.
Então eu me deitei e fiquei pensando: "será que vai ficar nisso? Ou será que vou ouvir Scarlett Johansson* cantando em breve?"
Mas os minutos passavam e nada. Eu tentava me convencer que a bateria do celular tinha acabado. Mas, os traumas recentes me diziam que ele simplesmente estava bebado demais.
Ouvi um carro passar, parar e buzinar em frente à minha casa. Eu tinha certeza que era ele. Mas eu não ia sair às 3h da manhã, simplesmente para conferir. Não mesmo!!!
Assim, como num passe de mágica, mais alguns minutos se passaram e ouço o som inconfundível do celular vibrando ao lado da cama... logo seguido pelo balanço de "Relator". Era ele. Tudo igual, mas ao mesmo tempo tudo tão diferente. Ok então! Eu sei que o final seria o mesmo, mas se é para ser igual, que tal pelo menos fazermos as coisas de um jeito diferente. Foi assim que eu simplesmente resolvi que ia sim sair de casa às 3h15 da manhã.
A diferença é que a pessoa que estava comigo, no mínimo faz alguma diferença. É óbvio que eu o meço pelas atitudes do "fulaninho". É claro que eu tenho certeza absoluta que no final tudo vai acabar de maneira bem parecida. Mas... se é pra ser assim, que seja, pelo menos com alguém que sabe o que quer da vida, que vem me buscar em casa e que, no final da noite, paga a conta sem me pedir nenhum centavo emprestado.
É tão legal. Eu já gostei tanto dele em outros tempos. Mas, a razão pela qual eu consigo dar um passo atrás, me afastar e enxergar tudo tão direitinho, é mesma que me faz lembrar de você no dia seguinte (ou me faz esperar o telefone tocar de madrugada): eu, simplesmente, não consegui superar o que aconteceu no final do ano... Eu, simplesmente, ainda gosto de "você" muito mais que eu devia, ou que eu queria.

* O toque do meu celular é a música "Relator", de Scarlett Johansson e Peter Yorn.

Sunday, January 03, 2010

Apenas respondendo...


Tudo bem? Claro que está tudo bem... Não pode haver sensação melhor no mundo que a de liberdade. E é exatamente assim que eu me sinto agora.
Então, quer dizer que você quer só entender o que aconteceu pra eu fazer isso? E ainda diz que poderia ter evitado toda a barraqueira que aconteceu por aí?
Mas você é um mártir mesmo... Não se preocupe. Já pedi para minha amiga advogada entrar com um pedido nas organizações internacionais para erguermos uma estátua sua na entrada do caminho de Santiago. Ou em Santiago do Chile. Porque é isso que você é, não? Um santo.
Você quer saber quais são meus motivos? Diz que não entende? Oras... eu posso te dar ao menos 6570 motivos. Um para cada dia do período que passei sob o domínio da sua sedução. Pelas vezes que eu chorei porque sabia que você não ia ficar comigo. Pelo estado que eu fiquei quando você passou o dia comigo, me prometeu que não ia embora e no dia seguinte tinha se mandado do país. Pelas vezes que eu tentei te dizer como eu sentia e você dizia que era pra eu parar de jogar isso na sua cara. Pelos dias que eu queria apenas conversar com meu amigo e você me dizia que se não fosse pra ter sexo você nem se daria ao trabalho de sair de casa. Você ainda precisa de motivos? Espera... eu tenho mais. Que tal você sumir e simplesmente resolver não atender mais meus telefonemas? E pior... simplesmente apertar o botão de desliga? Que tal ter arrumado uma terceira, transformando nosso triângulo insano num quadrado? Tem razão... eu não tenho motivo nenhum para fazer o que eu fiz. Se você tivesse sido homem uma vez na vida e falado comigo, nada disso teria acontecido. Mas não foi. Você simplesmente fez o que costuma fazer. Fugiu. Mentiu. Só que num momento raro de pensamentos claros, eu percebi que você ia voltar pra ela. E se não eu não fizesse nada, você continuaria enganando alguém que eu conheço há muito mais tempo que você. Uma mulher que trabalha muito pra que? Pra te sustentar enquanto você fica a toa em casa bebendo? Me poupe, querido.
Não se faça de vítima, porque isso você não é. Você mentia para ela e depois mentia para mim. A diferença entre eu e você é que eu cansei. Eu tenho a “péssima mania” de terminar tudo. Mas Xico Sá já disse isso. Não existe fim sem barraco! Fim que é fim tem que ter barraco! Se não é porque já não existia nada que valesse a pena.
E ainda vem você me dizer que por mais canalha que você seja você nunca seria capaz de fazer isso com ninguém? Tem razão, meu bem, você realmente não é capaz de dizer a verdade para ninguém. Nunca disse para mim e nunca disse para ela. E o que foi que eu fiz além disso? Nada. Eu simplesmente disse a verdade. Onde foi que eu menti? Então você não me ligava assim que colocava os pés no Brasil? Eu nunca dormi na sua casa com seus pais lá? Eu nunca fiquei com você no sofá da sala enquanto seus pais dormiam? Não era eu quem estava com você quando ela descobriu sua traição? Você não me ligava 20 vezes num dia me chamando para sair? Você não a pintava como louca? Você não usava seu e-mail de trabalho para falar comigo?
Minha culpa... eu devo ter entendido tudo errado... É preciso que se reveja a tecnologia dos celulares. Os identificadores de chamada devem estar mal programados. Seu numero está registrado no meu celular milhões de vezes. Também preciso pedir revisão do meu e-mail. Deve estar maluco. Minha caixa de entrada está abarrotada com suas mensagens. É o fim do mundo! Não se pode mais confiar na tecnologia!
Aí vem você e me diz que eu ganhei. Realmente, eu ganhei. Ganhei minha vida de volta. Ganhei a oportunidade de continuar, dessa vez bem longe de você. Ganhei a chance de encontrar alguém que valha a pena.
Mas depois você muda de idéia e me diz que eu perdi, que quem ganhou foi você. Vamos avaliar, ok?
Eu perdi o que? Um cara que nunca deu a mínima pro que eu sentia? Um cara que me disse, na cara que “se quisesse comprar já teria comprado”, numa referência a ficar comigo? Um cara que passava o dia comigo e no dia seguinte sumia do país? Uma boa foda? Ah... me poupe! Isso a gente acha em qualquer esquina.
E você? Ganhou o que? O pé na bunda, da namorada e da amante? A chance de ficar, caso ela resolva te perdoar, com uma mulher que nunca mais vai confiar em você? (porque se você acha que vai, você realmente não conhece as mulheres... Mas isso é fato. Você não conhece mesmo.)
Mas... acho que você pode até ter ganhado a oportunidade de começar de novo e fazer as coisas diferentes... Mas acho, de verdade, que isso não vai acontecer. Ah, sim... ganhou a oportunidade de ficar com a terceira (coitada! Logo logo vai ganhar um chifre).
Não não... Você estava certo no primeiro recado. Eu ganhei!!! Ganhei a oportunidade de rir na sua cara. E se for verdade que o que a gente faz dia 1º de Janeiro, a gente faz o ano inteiro, eu vou passar o ano dando gargalhadas a suas custas!
Aproveite a oportunidade! Faça tudo diferente! Seja homem! Cresça!

Thursday, December 03, 2009

A Arte de Ronronar


E aí que alguém me chame de louca? Eu mesma estou sem entender nada... Como passei do pico da ansiedade de ontem para uma calmaria sem fim hoje? Seria o tal "silêncio que antecede o esporro"? Seria apenas eu me colocando nos eixos? Seria minha mania idiota de acreditar nos outros se manifestando?
Não sei... mas acho que incoscientemente resolvi não fazer isso comigo mesma. Provocar tamanho stress em si mesmo não pode ser bom. Deixa qualquer um em frangalhos.
Mas, a verdade chega a ser engraçada. Isso porque meus pensamentos me levam para as páginas de livros fantásticos*. Na minha opinão deve ser exatamente o que sente alguem que tem as emoções manipuladas por Jasper Hale**. Talvez eu tenha meu Jasper particular, quem sabe?
Mas, não consigo deixar de pensar como seria bom conseguir manipular as emoções. Não a dos outros, mas nossas próprias... Eu juro que nunca mais me sentiri ansiosa, nunca mais meteria os pés pelas mãos.
Mas sei que isso é impossível. Não existem por aí seres ronronadores (sim, porque na minha cabeça criativa o poder de Jasper funciona como o ronronar de um gato) que manipulem nossas emoções e, nofinal das contas, somos nós contra nossas próprias neuroses. E as minhas são muitas. Tantas que acho sensato incluir dentre os objetivos do ano que vem, aprender a "ronronar".
E aí, como se já não fosse provável que me achem uma louca, um sorriso desponta enquanto eu escrevo e os alunos fazem tarefas pensando: "essa professora não deve bater bem..."

* Fantásticos de fantasia e não de maravilhosos.
** Jasper Hale, personagem da Saga Crespúsculo, de Stephenie Meyer.

Simplesmente Assim...


A inspiração e a vontade de escrever sempre me chegam nas horas mais estranhas. Enquanto aguardo uma entrvista de emprego, enquanto espero alunos finalizarem uma prova, ou enquanto almoço sozinha no shopping. Mas, o que é certo sobre elas é que, em geral, chegam quando algo mexe comigo.
Uma vez você me disse que eu nunca escrevia sobre você. Grande mentira. Escrevo sim. De maneira camuflada e disfarçada, mas você sempre está lá. Seja na minha vontade de fugir, seja no anseio por mudanças, no desespero na decepção ou escondido nas letras de música.
Você sempre está lá. Implícito como meu desejo secredo de que um dia você me escolha, mesmo sabendo que isso é impossível.
Se você soubesse quantas vezes eu já te cantei em prosa e verso ou já te transformei em música de Los Hermanos você ficaria impressionado. Mais ainda se descobrisse de quantas maneiras já te assassinei em pensamento.
Não... nunca cheguei ao desespero de uma Amy Winehouse, chorando por você no chão da cozinha. Mas não posso dizer o mesmo do banheiro.
Você tem um grande poder sobre mim, que eu não consigo identificar. É assim. Eu planejo nunca mais cair na sua para dois dias depois estar pedindo para você voltar. Chega a ser ridículo. Patético mesmo. Como aquela célebre crise de choro.
Já tentei te odiar de todas as maneiras. Não pela nossa situação, mas pela pessoa em que me transformo perto de você: humana, irracional, sem nenhum controle sobre mim mesma. Justo eu que lutei tanto para acabar com quaisquer traços de normalidade.
Mas, fazer o que? É assim... Simplesmente como você disse outro dia, porque é assim. E não há nada que se possa fazer sobre isso...

Montanha Russa


De "nenhum texto", você mudou seu status para "todo texto". Talvez não diretamente. Mas é que tornou-se impossível falar do que eu sinto, do turbilhão de emoções e acontecimentos que transformaram minha vida numa montanha russa, sem falar de você.
Ainda não sei se eu gosto. Quer dizer... quem gosta de incerteza? Eu sempre fico insegura com mudanças. Acho que é coisa de canceriano. Incertezas me deixam louca! Talvez porque eu mude tanto de opinião, sem o menor motivo, que acho sempre que todo mundo vai mudar. Ou talvez seja a sua própria inconstância.
Eu achava que estava feliz com a tranquilidade da minha vida no tempo que você esteve distante. Mas hoje, pensando bem, percebo que não sei o que aconteceu nesses meses. Minha vida parou no domingo de carnaval, por motivos que não cabem aqui, e recomeçou no último mês.
O que eu fiz? Quem eu conheci? O que aconteceu? Me lembro vagamente de levantar cedo às segundas feiras para frequentar um curso na USP. O resto me parece tão distante. É quase como se fossem sombras de um passado longinquo.
Pensando bem, acho que prefiro a incerteza. Prefiro a expectativa. Prefiro a vida. É muito chato deixar que os dias passem pela gente. Bom mesmo é passar pelos dias.
E, no final das contas, acho que desliguei porque sinto falta de aventuras. Sinto falta das nossas risadas, das idéias mirabolantes, dos planos que não se concretizam... Sinto falta de vida. Sinto falta de você. Só não sei até quando.