Monday, November 16, 2009

Apertando o pause...


Ultimamente dei de pensar na vida de novo. Na verdade, ultimamente, dei para pensar em você. E se sob algum aspecto isso parece ser coisa de apaixonado, quando o sujeito da frase sou eu, passa a ser sinal de que as coisas vão mal.
Passei dois dias sonhando como seria bom. No terceiro, acordei. E, cansada como quem dormiu com um gato imenso deitado sobre as costas*, senti o sino da intuição tocando. Espero que você me surpreenda, mas a experiência anterior me diz que não. Até porque em cinco minutos de conversa consegui identificar traços de um passado que eu tinha conseguido deixar para trás. Mas, aí vem você de novo, com seu jeito manhoso e eu novamente perdendo a razão.
Sim, perdendo a razão, porque a vingança há muito ficou para trás. Aliás, vingança maior seria dispensá-lo. “Pode ficar com ele, porque eu já não quero mais.”
Mas isso já é outra história. E, se por um lado eu penso em como gostaria de estar com você, por outro, como disse antes, comecei a ponderar. Comecei a ensaiar para tomar coragem. Uma coragem que começa como idéia pequenininha, vai crescendo, tomando forma, criando personalidade e, de repente, já tem vida própria.
Já passei por isso. Demorei seis meses, mas de repente minha coragem ganhou vida e saiu atropelando tudo o que me incomodava. Inclusive meu relacionamento.
Foram seis meses analisando prós e contras e, no final, os contras ganharam de goleada.
Hoje, nas conversas que travei com você na minha cabeça, os prós saíram de campo derrotados. Nossa situação já não me era mais suficiente.
Se as coisas mudarem, espero que a coragem pegue a insatisfação e leve para um grande passeio, mas que estejam sempre ao alcance das mãos caso eu precise.
Mas, se tudo tomar o rumo que eu suspeito, espero que a coragem amadureça antes de seu tempo.
Pode não parecer justo, pode não ser o que eu mais quero. Mas é o melhor. Pelo menos para mim. Quem sabe assim você acorda e percebe que, no final das contas, quem está sozinho é você.

* Eu tinha um gato que costumava dormir sobre minhas costas toda vez que eu deitava de bruços. Ele era grande e pesado e quando eu acordava, parecia que ia morrer.

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