Thursday, July 27, 2006

Meu vicio


Ainda me lembro da primeira vez! A diferença era de apenas 03 anos e, do alto dos meus 19 anos eu achava que poderia dizer: “escuta aqui, seu molequinho!”, cada vez que ele fazia alguma coisa que eu não gostava. Naquela época eu já achava que sabia tudo e mais um pouco sobre a vida para dar lição em alguém mais novo do que eu. Quanta ilusão! Só porque eu estava na faculdade e ele ainda cursava o “segundo grau”.
Claro que a relação não durou. Não pela diferença de idade, mas por todas as outras coisas que a cercavam. E eu continuei me envolvendo com garotos mais novos sem nenhum pudor. Teorias não me faltavam sobre o porquê de estar com eles.
E não foi por falta de tentativas. Namorei alguém da minha idade, “flertei” com homens mais velhos. Mas, a verdade, é que meu espírito aventureiro e irreverente, do tipo que adora uma festa e uma bagunça nunca conseguiu sustentar uma relação desse tipo.
Ficar em casa num final de semana assistindo filme, ir a uma pizzaria no sábado à noite, reunião formal com amigos de trabalho do casal, sempre me entediaram! Eu nunca consegui acreditar que esses programas típicos de namorados que se isolam pudessem bastar. E, para mim, não bastaram. Tanto que me sufocaram e me fizeram voltar ao que eu era antes.
É mais ou menos como aquelas pessoas que usam um tipo de droga, fazem um tratamento de desintoxicação, passam um tempo na abstinência, mas, um dia, alguma coisa as leva de volta para o vício.
Sim, vício. Porque hoje já acredito que os garotos mais novos são, na minha vida, um vício. O frescor, a aventura, a inconseqüência, a disposição, o riso descompromissado, o olhar atrevido, a inquietude, me atraem. E me puxam como um vórtice insano pra dentro desses relacionamentos.
Eu já perdi as contas de quantas vezes me envolvi de quantas “ficadas sem compromisso”, dentro de quantas deliciosas confusões já me encontrei, levada pelos braços desses garotinhos. Ah, e que garotinhos.
Desculpas não me faltam, juízo talvez! Quem me conhece sabe quantas vezes eu já prometi que não entraria numa dessas novamente. Mas, fazer o que se “meu nunca” mais dura apenas até o próximo encontro, telefonema, msn ou torpedo SMS?
A verdade é que eu não me arrependo! E, se algum dia você me ouvir dizer que acabou não acredite! É bem provável que seja uma segunda daquelas em que eu estou morrendo de ressaca pelas aventuras do final de semana.
Nada que o sorriso ou alguma coisa “ingênua” saída da boca de um desses garotinhos não cure!

1 comment:

Anonymous said...

I like it! Good job. Go on.
»